Um grupo de investigadores da Universidade Penn State, Estados Unidos, conseguiu desenvolver pela primeira vez um modelo a três dimensões dos processos genéticos que podem ocorrer em qualquer célula do corpo humano.
Os autores acreditam que este é um passo importante para futuras investigações sobre tratamentos de doenças como o cancro, visto que a estrutura permite perceber como funciona uma célula normal e uma célula infectada.
No estudo a ser publicado na revista «Nature», os cientistas explicam que aumentaram as moléculas de uma proteína composta por cromatina, a RCC1 (essencial na condensação dos cromossomas e na sua separação correcta na divisão celular), ligada ao nucleossomo (DNA organizado e empacotado em torno destes componentes), e que recorreram a um método de visualização 3-D, denominado cristalografia de raios X, para determinar a estrutura atómica do complexo.
O modelo criado fornece informações importantes sobre como a RCC1 e outras enzimas são capazes de reconhecer tanto o código genético como os componentes do núcleo da proteína, quando este é embalado em cromatina nas células.
Song Tan, da Penn University |
DNA pode alargar nas células
De acordo com Ravindra D. Makde, membro de pós-doutoramento da investigação, os resultados “mostraram que a RCC1 ligou os lados opostos do nucleossomo, de modo semelhante aos pedais de uma roda de triciclo”. Os cientistas chegaram ainda a uma conclusão inesperada, pois verificaram que o DNA pode esticar, por estar envolvido em cromatina.
Artigo: Structure of RCC1 chromatin factor bound to the nucleosome core particle
in: Ciência Hoje
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