Monday, March 22, 2010

Scientists should stop deceiving us / Speaking up for scientists




Scientists should stop deceiving us
"In holding that the aim of science is truth alone, they misrepresent its real aims"
Nicholas Maxwell

Speaking up for scientists
"We can be arrogant and nerdish, but overall scientists do not set out to deceive themselves or the public"
Philip Strange
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Friday, March 12, 2010

Cientistas portugueses obtêm patente nos Estados Unidos para profilaxia da malária



Um grupo de cientistas portugueses acaba de obter uma patente nos Estados Unidos pela descoberta de uma série de compostos químicos com propriedades profiláticas contra a malária. Um desses compostos, a genisteína, é um componente natural em alimentos com soja.
A malária é transmitida pela picada de um mosquito infectado pelo  parasita “Plasmodium”

A descoberta das propriedades antimaláricas desses compostos foi feita pela equipa liderada pela investigadora Maria Manuel Mota, agora do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, mas que na altura se encontrava no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras. Mais tarde, a empresa de biotecnologia Alfama, presidida pelo investigador Nuno Arantes e Oliveira, adquiriu os direitos sobre a patente ao IGC. Agora, a empresa viu a patente atribuída pelo Gabinete de Patentes dos Estados Unidos, que reconhece também como inventores Maria Mota e a sua equipa.

Os compostos actuam na fase silenciosa da infecção da malária, ainda antes do aparecimento dos sintomas. A malária é transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos infectados pelo parasita “Plasmodium”. Numa primeira fase, sem sintomas, o parasita viaja até ao fígado, onde se replica, para em seguida ser libertado na corrente sanguínea. Numa segunda fase, o parasita infecta os glóbulos vermelhos, para novamente se replicar aí. É quando os glóbulos vermelhos se rompem que surgem os sintomas da doença, como ataques de febre, suores, arrepios e até a morte.

A descoberta agora patenteada identifica a capacidade da genisteína e de outros compostos para inibirem a progressão da malária na fase de replicação no fígado, que, embora silenciosa, é essencial no estabelecimento da infecção. E poderá contribuir para o desenvolvimento de uma alternativa prática, barata e eficaz na luta contra a malária, segundo refere um comunicado de imprensa do IMM. Esta identificação foi feita através de experiências em células e ratinhos, e agora será preciso avançar para ensaios em seres humanos.

A luta contra a malária não tem sido fácil: a toxicidade, o custo elevado dos medicamentos e a dificuldade na sua distribuição encontram-se entre os obstáculos enfrentados na erradicação desta doença, que infecta por ano 200 a 500 milhões de pessoas no mundo e mata um a dois milhões. Nas regiões onde a doença é endémica, principalmente em África e Ásia, as populações que aí vivem não têm à disposição tratamentos preventivos eficazes.

Será a Alfama a desenvolver e explorar algum tratamento com base na identificação dos compostos. “[A empresa] espera encontrar parceiros, entre fundações e empresas multinacionais, para prosseguir o trabalho e pôr em prática ensaios de campo, que permitam provar o efeito da genisteína contra a malária em seres humanos”, diz Nuno Arantes e Oliveira, citado no comunicado. “A aceitação final e publicação de uma patente nos Estados Unidos por um grupo português não é usual e significa que a originalidade e potencialidade do nosso trabalho foram reconhecidas”, sublinha, por sua vez, Maria Mota.
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Tuesday, March 9, 2010

Grad week




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Monday, March 8, 2010

Sunday, March 7, 2010

Descoberto novo potencial na planta vinca no combate ao Alzheimer



Uma equipa de cientistas da Universidade do Porto descobriu um novo potencial terapêutico na raiz da planta vinca, que pode vir a ser utilizado como fármaco no combate ao Alzheimer, anunciou hoje aquela instituição de ensino superior.
O grupo de trabalho decidiu fazer uma reavaliação da planta

A equipa de investigação, constituída por elementos da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (no âmbito do laboratório associado REQUIMTE) e do Instituto de Biologia e Medicina Celular/Instituto de Engenharia Biomédica (IBMC.INEB), publicou os resultados do trabalho na revista científica "Phytomedicine".

Segundo explicou à Lusa a investigadora Mariana Sottomayor que, juntamente com Paula Andrade, liderou o grupo de trabalho, a vinca é uma “planta medicinal que já é utilizada há muitos anos e que foi muito estudada”, sendo dela extraídos alcaloides que são utilizados na quimioterapia para tratamento do cancro”.

“O grupo de trabalho decidiu fazer uma reavaliação da planta já que esta também tinha muitas aplicações na medicina tradicional e não estava ainda esgotada”, acrescentou a investigadora do Instituto de Biologia e Medicina Celular.

Segundo Mariana Sottomayor, o grupo de trabalho “verificou que na raiz da vinca havia uma actividade medicinal interessante que detinha uma molécula chamada serpentina - outro alcaloide - que inibe a degradação de um neurotransmissor e que portanto poderá ajudar no tratamento da doença de Alzheimer”.

“Há agora um período de investigação para que a molécula possa ser utilizada como um fármaco eficaz”, explicou, acrescentando que, “aparentemente, parece ter um actividade mais potente do que os fármacos utilizados actualmente”.

Segundo um comunicado da Universidade do Porto sobre o assunto, “até agora, já se conhecia o potencial da Vinca (Catharanthus roseus, originária de Madagáscar) na terapia de algumas formas de cancro”.

“São necessárias toneladas de partes aéreas da planta para se obterem alguns miligramas de substâncias úteis, o que transforma o cultivo, bem como as substâncias obtidas, num processo complexo e com elevados custos associados”, acrescenta o texto.

O documento realça ainda que “a perspectiva apresentada pelo grupo de investigadores segue uma abordagem profundamente diferente e em vez de se limitar às partes aéreas (caule e flores), a equipa procurou aproveitar todo o potencial medicinal da planta, olhando para outros produtos passíveis de serem extraídos”, como é o caso da raiz. Acrescenta ainda que “os autores destacam, em particular, a serpentina, que possui uma enorme afinidade e selectividade para um dos principais alvos no tratamento da Doença de Alzheimer”.

“No futuro, espera-se que o seu aproveitamento possa vir a revelar-se útil no tratamento farmacológico desta doença e de outras afecções como a ‘miastenia gravis’”, conclui.

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Friday, March 5, 2010

Investigadores portugueses descobrem variação genética que pode ajudar a tratar malária



Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa descobriram um processo evolutivo que vai permitir perceber melhor os agentes causadores de doenças como a malária ou a doença do sono e ajudar a combatê-los.
Os cientistas esperam que esta descoberta possa ajudar a perceber melhor a capacidade de adaptação de agentes patogénicos para o Homem

A descoberta - fruto de três anos de trabalho de Paula Gonçalves e José Paulo Sampaio, investigadores do Centro de Recursos Microbiológicos, em parceira com investigadores norte-americanos - foi publicada esta ontem na revista “Nature”.

Os investigadores explicaram que “este trabalho demonstra que a selecção natural das espécies - teorizada por Charles Darwin há 150 anos - consegue actuar de forma muito mais complexa do que o que se supunha”. E clarificaram: “De um modo geral, os organismos que pertencem à mesma espécie têm um património genético idêntico. Isto é válido para todas as espécies e acontece porque a selecção natural favorece normalmente uma única versão de cada gene”.

Até agora, acrescentaram, “as diferenças entre indivíduos da mesma espécie tinham sido detectadas apenas para uma região delimitada do genoma”.

Com este estudo, que foi feito comparando duas populações de microrganismos - leveduras muito semelhantes, por exemplo, à do fermento de padeiro - que vivem na casca do carvalho português e japonês, encontrou-se uma diferença nunca vista entre indivíduos da mesma espécie. “É uma diferença muito marcante: envolve seis genes localizados em cinco cromossomas diferentes”, dizem.

“Aquilo que vamos tentar perceber agora”, explicam, “é por que é que, sendo os nichos ecológicos das populações de leveduras do Japão e de Portugal idênticos, e as populações da mesma espécie, a sua diferença genética é tão marcada”.

Os investigadores explicam que, para o caso, não interessa se se trata de plantas, animais, ou pessoas: “Interessa apenas que são da mesma espécie: em biologia as leis que afectam uns afectam outros”.

Assim sendo, e como até à data ainda não se tinha descoberto uma diferença tão complexa entre indivíduos que se cruzam sexualmente, os investigadores supõem que ela possa existir noutros organismos. “Estão aqui em causa as variações genéticas dos micróbios, que se relacionam com a sua maior ou menor capacidade de nos atacar, modificando-se, adaptando-se”, ilustram.

Paula Gonçalves e José Paulo Sampaio esperam, por isso, que esta descoberta possa abrir caminho para perceber melhor as variações genéticas e capacidade de adaptação de agentes patogénicos para o Homem - como é o caso dos agentes causadores da malária ou da doença do sono - e possa contribuir para o combate a estas doenças. “Conhecendo os seus mecanismos estamos mais bem equipados para combatê-las”, concluem.

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