Sunday, September 26, 2010

Congresso Nacional de Bioquímica 2010



O Congresso Nacional de Bioquímica (CNB) de 2010, decorrerá no Porto no Hotel Porto Palácio, de 15 a 17 de Dezembro. Como tem sido tradição, este evento pretende divulgar a investigação mais relevante nas áreas científicas relacionadas com a Bioquímica num ambiente informal e propício ao debate e estabelecimento de colaborações e sinergias.

A XVII edição desta reunião científica da Sociedade Portuguesa de Bioquímica permite, pela primeira vez, a participação activa dos membros da Sociedade na organização de simpósios. O programa contará com cinco sessões plenárias e dez sessões paralelas, das quais cinco propostas por membros da SPB.

A SPB tem ainda o prazer de anunciar que no CNB de 2010 será atribuído o “Prémio SPB – ALFAGENE”, que tem por objectivo estimular a investigação de qualidade e o espírito competitivo entre jovens investigadores na área da Bioquímica e o “Prémio Connecting Science to People 2010”, que tem por objectivo incentivar a elaboração de trabalhos originais "new media" para web, mobile ou qualquer outra plataforma (off-line), que reflictam como aprender (visual learning) e divulgar (from 2D text to 3D life) bioquímica nas ciências da vida e da saúde, utilizando as ferramentas disponibilizadas pela novas tecnologias multimédia e computadorizadas.


Importante:

Deadline para a submissão de Abstracts: 27 Setembro 2010

Notificação de aceitação: até 20 de Outubro 2010


Esperamos por si no Porto.

Mais informações em http://www.ff.up.pt/cnb2010/
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Tuesday, September 21, 2010

Noite dos Investigadores 2010 (Porto)



É já no próximo dia 24 de Setembro que se realiza a Noite dos Investigadores 2010 – Cientistas ao Palco 2. Será aqui, no edifício da Reitoria e zona envolvente (Praça Gomes Teixeira e Jardim da Cordoaria) que vai encontrar o palco da ciência que se faz em Portugal. Das 15 horas até às 24, o projecto Cientistas ao Palco 2 propõe um conjunto de actividades idealizadas com o objectivo de abrir a cortina da Ciência a públicos de todas as idades. Teatro, experiências “mãos-na-massa”, café e bar científicos e speed-dating com cientistas são algumas das actividades planeadas. E a partir das 22h30 um concerto musical animará a sessão de observação da lua, e de planetas e estrelas distantes, com reportórios que passam pelo jazz dos anos sessenta e setenta, o pop/rock com influências marcadas de blues, rock e funk, o jazz que percorre os meandros do tango ou a bossa, o grunge e o rock progressivo, até ao rock português.
Neste início de Outono ameno venha à Baixa do Porto e seja um dos participantes deste evento. Entre na Reitoria da Universidade e visite os Museus de Ciência e de História Natural. Aproveite também para visitar as exposições “Abel Salazar Artista” e “ABC do Instrumento Cirúrgico”, patentes na Sala de Exposições Temporárias da Reitoria. A primeira sublinha a figura de Abel Salazar, um Homem do Renascimento, um espírito curioso e irrequieto, mas também pensador e artista. A segunda é uma mostra documental e museológica que visa divulgar o conhecimento sobre a evolução do instrumento cirúrgico.
Convidamo-lo também a visitar a exposição “Portugal e a Biodiversidade”, resultado de um desafio lançado aos alunos do Externato Arco-Íris no âmbito das celebrações do Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pelas Nações Unidas.
Chamamos a atenção para o facto de que algumas actividades têm lotação máxima de participantes, pelo que se aconselha a realização de inscrição prévia pelo público (famílias, escolas, grupos), através do formulário de inscrição online - Visitantes.
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Wednesday, September 1, 2010

Criada primeira estrutura atómica de células em 3D



Um grupo de investigadores da Universidade Penn State, Estados Unidos, conseguiu desenvolver pela primeira vez um modelo a três dimensões dos processos genéticos que podem ocorrer em qualquer célula do corpo humano.

Os autores acreditam que este é um passo importante para futuras investigações sobre tratamentos de doenças como o cancro, visto que a estrutura permite perceber como funciona uma célula normal e uma célula infectada.


No estudo a ser publicado na revista «Nature», os cientistas explicam que aumentaram as moléculas de uma proteína composta por cromatina, a RCC1 (essencial na condensação dos cromossomas e na sua separação correcta na divisão celular), ligada ao nucleossomo (DNA organizado e empacotado em torno destes componentes), e que recorreram a um método de visualização 3-D, denominado cristalografia de raios X, para determinar a estrutura atómica do complexo.

O modelo criado fornece informações importantes sobre como a RCC1 e outras enzimas são capazes de reconhecer tanto o código genético como os componentes do núcleo da proteína, quando este é embalado em cromatina nas células.

Song Tan, da Penn University
Song Tan, da Penn University
“Precisávamos de visualizar como estas componentes conseguiam descodificar uma tão complicada estrutura como é o nucleossomo”
, explica Song Tan, professor de Bioquímica e Biologia Molecular, criador do modelo e líder da investigação.

DNA pode alargar nas células

De acordo com Ravindra D. Makde, membro de pós-doutoramento da investigação, os resultados “mostraram que a RCC1 ligou os lados opostos do nucleossomo, de modo semelhante aos pedais de uma roda de triciclo”. Os cientistas chegaram ainda a uma conclusão inesperada, pois verificaram que o DNA pode esticar, por estar envolvido em cromatina.

Artigo: Structure of RCC1 chromatin factor bound to the nucleosome core particle


in: Ciência Hoje
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Friday, June 11, 2010

Autismo poderá vir a ter diagnóstico em cinco anos



in Público, por Nicolau Ferreira

Estamos mais próximos de conseguir diagnosticar o autismo, pelo menos uma parte dos casos. Um consórcio internacional com participação portuguesa descobriu mutações associadas a genes raros que são mais frequentes em crianças com esta doença.
O estudo deu um olhar mais detalhado do genoma das crianças com  autismo

O estudo foi publicado na revista Nature e é um passo importante para o desenvolvimento de um teste que, pela primeira vez, utiliza a informação genética para detectar um problema que afecta uma em mil crianças portuguesas.

“Este estudo deu-nos um panorama muito mais detalhado do genoma destas crianças autistas”, explicou ao PÚBLICO por telefone Astrid Vicente. A investigadora portuguesa é líder de um grupo de investigação no Instituto Ricardo Jorge e faz parte do consórcio constituído por 120 cientistas em 11 países chamado Projecto do Genoma do Autismo (AGP, em inglês) e a trabalhar desde 2002.

As novas técnicas moleculares permitiram obter uma resolução do genoma muito maior. O grupo analisou o ADN de 1000 indivíduos com autismo e comparou-o com 1300 indivíduos sãos. “Existem muitos fragmentos genéticos que correspondem a alterações dos genes que ou estão ausentes ou replicados em grande quantidade”, explica a investigadora. Estas mutações podem abranger entre um e 20 genes e ocorrem normalmente na população, mas são 20 por cento mais frequentes nos autistas.

“As mutações incluem genes expressos no sistema nervoso, alguns já se conheciam e estavam associados ao autismo e à deficiência mental”, continua a investigadora.

Normalmente cada autista tem mais do que uma mutação. A razão para que uma pessoa com algumas mutações seja normal e outra desenvolva os distúrbios que caracterizam a doença - um défice de socialização e comunicação, e comportamentos repetitivos - depende do contexto genético e ainda vai levar tempo a compreender.

“O mais importante é que ficámos com uma panóplia de alterações, em que cada uma é rara mas que no conjunto são responsáveis por uma percentagem elevada de crianças com autismo”, disse Astrid Vicente.

Há ainda uma quantidade significativa de doentes em que não se identificou a causa genética. No entanto com o que já se conhece vai ser possível produzir um diagnóstico molecular que detecte mais cedo as crianças autistas ou diga as probabilidades que um casal tem de ter filhos autistas. O que poderá fazer a diferença em famílias onde já existe a doença. “Daqui a cinco anos poderão estar disponíveis diagnósticos, há que recolher mais informação”, salienta a investigadora.

A produção de medicamentos está mais distante. Os genes mutados dão origem a proteínas importantes na fisiologia do sistema nervoso. Estas proteínas podem estar interligadas e apontarem as principais vias celulares que causam a doença.

“Se identificarmos estas vias fisiológicas elas vão ser alvo do desenvolvimento de terapêuticas farmacológicas”, refere a investigadora. A partir daqui, mesmo não sabendo todas as causas genéticas, haverá medicamentos que poderão ajudar os autistas.

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Thursday, May 6, 2010

famelab portugal




FameLab Portugal – O ídolo da ciência está prestes a ser revelado

Durante meses a Ciência Viva procurou novos rostos para a divulgação da ciência em Portugal. No próximo sábado, dia 8 de Maio, às 17h30, no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, saberemos quem é o melhor entre os melhores.

A Final Nacional do FameLab vai seleccionar, entre 10 finalistas, o representante de Portugal na Final Internacional no Cheltenham Science Festival, a 12 de Junho, no Reino Unido.

A Final Nacional é um evento aberto ao público e de entrada gratuita. No entanto, pode já assegurar a sua presença em http://www.cienciaviva.pt/actividades2010/final_famelab/

O FameLab é um concurso de comunicação científica dirigido ao grande público. Começou em 2006 e ganhou expansão mundial, da Europa a Hong Kong, com o apoio do British Council. Realiza-se este ano pela primeira vez em Portugal, em parceria com a Ciência Viva, uma referência na promoção da cultura científica e tecnológica no nosso país.

Os 10 apurados na Semi-Final frequentaram uma MasterClass sobre comunicação de ciência para o grande público, que lhes permitiu “limar” algumas arestas na arte de bem comunicar. Para tal, contaram com a experiência de Quentin Cooper, apresentador do programa The Material World, da BBC, e Catarina Amorim, investigadora portuguesa na Universidade de Oxford.

O grupo dos finalistas inclui estudantes, licenciados, professores e doutorados. Cada um disporá de 3 minutos para falar de ciência, confiando sobretudo na sua capacidade para usar a palavra e o gesto.

A avaliar os concorrentes estará um rigoroso júri, composto por António Granado (Comunicação, Universidade Nova de Lisboa), Carlos Fiolhais (Física, Universidade de Coimbra), Maria Mota (Instituto de Medicina Molecular) e Nuno Crato (Matemática, Instituto Superior de Economia e Gestão).

A final nacional do FameLab será transmitida em directo pela Ciência Viva TV (www.cvtv.pt).

Mais informações em:
www.cienciaviva.pt/projectos/famelab http://www.famelabportugal.blogspot.com

informações recebidas por email
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Monday, March 22, 2010

Scientists should stop deceiving us / Speaking up for scientists




Scientists should stop deceiving us
"In holding that the aim of science is truth alone, they misrepresent its real aims"
Nicholas Maxwell

Speaking up for scientists
"We can be arrogant and nerdish, but overall scientists do not set out to deceive themselves or the public"
Philip Strange
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Friday, March 12, 2010

Cientistas portugueses obtêm patente nos Estados Unidos para profilaxia da malária



Um grupo de cientistas portugueses acaba de obter uma patente nos Estados Unidos pela descoberta de uma série de compostos químicos com propriedades profiláticas contra a malária. Um desses compostos, a genisteína, é um componente natural em alimentos com soja.
A malária é transmitida pela picada de um mosquito infectado pelo  parasita “Plasmodium”

A descoberta das propriedades antimaláricas desses compostos foi feita pela equipa liderada pela investigadora Maria Manuel Mota, agora do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, mas que na altura se encontrava no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras. Mais tarde, a empresa de biotecnologia Alfama, presidida pelo investigador Nuno Arantes e Oliveira, adquiriu os direitos sobre a patente ao IGC. Agora, a empresa viu a patente atribuída pelo Gabinete de Patentes dos Estados Unidos, que reconhece também como inventores Maria Mota e a sua equipa.

Os compostos actuam na fase silenciosa da infecção da malária, ainda antes do aparecimento dos sintomas. A malária é transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos infectados pelo parasita “Plasmodium”. Numa primeira fase, sem sintomas, o parasita viaja até ao fígado, onde se replica, para em seguida ser libertado na corrente sanguínea. Numa segunda fase, o parasita infecta os glóbulos vermelhos, para novamente se replicar aí. É quando os glóbulos vermelhos se rompem que surgem os sintomas da doença, como ataques de febre, suores, arrepios e até a morte.

A descoberta agora patenteada identifica a capacidade da genisteína e de outros compostos para inibirem a progressão da malária na fase de replicação no fígado, que, embora silenciosa, é essencial no estabelecimento da infecção. E poderá contribuir para o desenvolvimento de uma alternativa prática, barata e eficaz na luta contra a malária, segundo refere um comunicado de imprensa do IMM. Esta identificação foi feita através de experiências em células e ratinhos, e agora será preciso avançar para ensaios em seres humanos.

A luta contra a malária não tem sido fácil: a toxicidade, o custo elevado dos medicamentos e a dificuldade na sua distribuição encontram-se entre os obstáculos enfrentados na erradicação desta doença, que infecta por ano 200 a 500 milhões de pessoas no mundo e mata um a dois milhões. Nas regiões onde a doença é endémica, principalmente em África e Ásia, as populações que aí vivem não têm à disposição tratamentos preventivos eficazes.

Será a Alfama a desenvolver e explorar algum tratamento com base na identificação dos compostos. “[A empresa] espera encontrar parceiros, entre fundações e empresas multinacionais, para prosseguir o trabalho e pôr em prática ensaios de campo, que permitam provar o efeito da genisteína contra a malária em seres humanos”, diz Nuno Arantes e Oliveira, citado no comunicado. “A aceitação final e publicação de uma patente nos Estados Unidos por um grupo português não é usual e significa que a originalidade e potencialidade do nosso trabalho foram reconhecidas”, sublinha, por sua vez, Maria Mota.
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